A hipertensão é um problema de saúde que afeta a grande maioria da população mundial, por isso montar um programa de prevenção à hipertensão é uma excelente iniciativa para sua operadora de planos de saúde adotar e fazer a diferença. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 35% da população mundial sofrem desse problema de saúde, ou seja, mais de 2 bilhões de pessoas. Só aqui no Brasil, segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, há cerca de 2 milhões de casos por ano.
A hipertensão, de acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, é uma condição em que a força do sangue contra a parede das artérias é muito grande. Normalmente, quando a pressão arterial de uma pessoa está acima de 18/12, considera-se tal situação como grave.
Diante disso, saber como montar um programa de prevenção à hipertensão é fundamental. Se tem dúvidas a esse respeito, continue a leitura.
Etapas para montar um programa de prevenção à hipertensão
Para montar um programa de prevenção à hipertensão ou de Medicina Preventiva, é preciso considerar uma série de etapas, que envolve desde a definição do público alvo, até a parte que diz respeito ao desenho ideal do programa.
Definição do público-alvo do programa de Medicina Preventiva
Qualquer ação que seja no sentido de organizar um programa de promoção de Medicina Preventiva deve iniciar com a obtenção de dados que possibilitem aos gestores avaliarem e desenharem o perfil do público a que se destina.
Isso se faz fundamental porque as ações devem ser pensadas e criadas de acordo com o perfil do público alvo do programa de Medicina Preventiva.
Assim como primeira etapa, defina o perfil demográfico da população de interesse do programa. O perfil demográfico, conforme o IBGE, pode ser compreendido como um estudo referente à população que possibilita a aquisição de várias informações a respeito dela, como:
– Profissão;
– Ocupação profissional;
– Idade, se são ou não idosas;
– Como as pessoas vivem;
– Se as pessoas possuem vícios, como tabagismo, por exemplo.
Elaborando o programa de Medicina Preventiva: orientações básicas conforme a ANS
Após conhecer melhor o público a que se destina o programa de prevenção à hipertensão, fica mais fácil desenhá-lo e, assim, colocá-lo em execução.
Nesse sentido, a Agência Nacional de Saúde (ANS) traz algumas orientações que podem ajudar no processo de elaboração de um programa de Medicina Preventiva. Veja quais são:
Diagnóstico
Antes de começar a desenhar o programa de Medicina Preventiva, o público que foi estudado e devidamente selecionado deve passar por uma investigação clínica e laboratorial, para que assim, os gestores e profissionais de saúde compreendam melhor o seu histórico médico, físico e laboratorial e adotem, assim, as melhores ações de prevenção conforme a situação de cada um.
A partir da avaliação clínica e laboratorial, é possível obter as seguintes informações:
– Nível da pressão arterial;
– Verificação da existência de lesões pré-existentes em órgãos;
– Identificação de fatores de riscos para o surgimento de doenças cardiovasculares, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo;
– Diagnosticar doenças relacionadas à pressão arterial.
São informações que podem colaborar para a tomada de decisão e, assim, garantir melhores resultados em relação à confecção do programa de prevenção à hipertensão.
A ANS recomenda a criação de um programa de prevenção à hipertensão, prevenção primária, conforme o perfil do público a que se destina e outras informações, como os fatores de riscos.
A seguir, veja algumas ações de prevenção que pode adotar em seu programa, segundo o perfil clínico-laboratorial do paciente.
Controle de peso
Caso o paciente não se encontre na faixa ideal de peso, busca-se recomendar uma dieta hipocalórica balanceada, associada à prática regular de exercícios físicos. O controle de peso deve ser permanente, para que assim, o programa atinja o seu objetivo.
Redução de ingestão de sódio
Recomenda-se a redução diária da ingestão de sódio ou cloreto de sódio ao máximo de 2,4 gramas. Tal valor deve estar contido nos alimentos naturais ou processados.
O sódio está na lista dos condimentos que faz mal à saúde, aumentando a pressão arterial.
Aumento da ingestão de potássio
Por outro lado, busca-se recomendar o aumento da ingestão de potássio ao máximo de 4 gramas, os quais devem estar contidos nos alimentos como frutas e legumes.
Potássio controla os níveis da pressão arterial.
Prática de exercícios físicos
Como parte do programa de prevenção à hipertensão, a ANS também recomenda a prática de exercícios físicos de forma regular. O ideal é praticar exercícios físicos por 30 a 45 minutos por dia ou três vezes na semana, a depender de outros fatores, como o excesso de peso.
Abandono da ingestão de álcool e do tabagismo
É recomendado também ao paciente reduzir ou abandonar a ingestão de álcool, pois influencia em relação ao aumento do nível da pressão arterial, podendo, inclusive, desenvolver doenças cardiovasculares.
Segundo a ANS, o consumo diário de álcool não deve ser maior que 30 ml, para homens, e 15 ml, para mulheres que sofrem de hipertensão. O ideal, todavia, é o abandono.
Abandono do tabagismo
Tabagismo eleva significativamente a pressão arterial, favorecendo o desenvolvimento de doenças ligadas a esse problema de saúde. A sua interrupção colabora para reduzir o risco de acidente vascular encefálico, bem como de outros problemas de saúde notoriamente conhecidos.
Suplementação de cálcio e magnésio
Como medida preventiva, recomenda-se a suplementação adequada de cálcio e magnésio, pois são nutrientes que contam com substâncias que podem colaborar para controlar a pressão arterial, garantindo bem-estar e qualidade de vida.
No processo de adoção de ações de prevenção de acordo com o perfil de cada paciente, deve-se considerar outros fatores de riscos, como:
– Dislipidemias;
– Intolerância à glicose;
– Menopausa;
– Estresse oxidativo e psicológico.
Estimulação à adesão ao programa
Por fim, como última etapa, considerando que conhece bem o perfil do seu público e as ações de prevenção que deve adotar conforme essa informação, é hora de pensar em estratégias para estimular à adesão ao programa.
Uma forma de alcançar a adesão é incentivando o público do programa com premiações que podem ser usadas para o seu lazer e felicidade, como garantir ingressos para cinema, teatro, jogos esportivos etc.
Como vimos, para criar um programa de prevenção à hipertensão, é preciso considerar diversos fatores, como o perfil do público a que ele se destina, diagnóstico clínico e laboratorial e a adoção de ações que contribuam para resolver o problema.
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