Previsões plano de saúde: operadoras devem se preparar para um aumento nos valores dos contratos oferecidos aos seus beneficiários. Isso porque os analistas estimam que haverá um reajuste de até 18% em maio de 2022.
Esse aumento previsto se dá devido à, principalmente, uma variação das despesas assistenciais com atendimento aos beneficiários dos planos, considerando as variações por faixa etária e pela eficiência da operadora.
Outro fator levado em consideração é o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que leva em conta os preços administrados por contratos dos serviços e produtos ofertados.
Esse aumento tem como objetivo atrair as operadoras que possam ter deixado o segmento de lado para que voltem a investir no ramo, mesmo com o risco dos contratos terem um valor mais elevado que o habitual, o que pode encarecer o valor da mensalidade.
ANS pode rever o modelo de cálculo dos contratos para 2023
Por falar em reajuste, a ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, poderá rever o modelo de cálculo dos contratos oferecidos pelas operadoras aos beneficiários individuais no ano de 2023.
A ideia é que este segmento se torne novamente atraente para as operadoras que o deixaram de lado nos últimos anos.
Atualmente, cerca de 20% do mercado é composto por contratos individuais, porém, no último ano, a quantidade de contratos individuais reduziu em 117 mil pessoas, enquanto que os usuários de planos coletivos aumentou em aproximadamente 1,5 milhão.
Decisão sobre o novo modelo de reajuste discutirá todas as hipóteses envolvidas
Enquanto que para as operadores é fundamental que a metodologia de cálculo seja revista para que os custos do segmento sejam cobertos, para os beneficiários há o risco dos planos ficarem com um valor de mensalidade relativamente elevado.
Para que ambos os lados possam ser entendidos, o tema será discutido e os riscos e os benefícios envolvidos serão colocados à mesa para que se chegue a uma decisão sobre o assunto.
Outra questão levantada é a geração de uma maior competitividade entre as empresas, se o novo modelo for aprovado, ressaltando a necessidade de uma boa gestão interna nas operadoras.
Além disso, hipóteses como revisões periódicas nos contratos dos beneficiários, com reajustes adicionais; aumentos regionais de acordo com a característica de cada localidade; e, ainda, a definição de uma banda de reajuste que daria margem para aumentos até uma faixa específica estão sendo discutidas.
Nesse último caso, um aumento acima do percentual definido, exigiria uma prestação de contas à ANS.
Leia também: Saiba como as normas da ANS atingem as operadoras de plano de saúde
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