Pedro Batista, diretor da Prevent Senior, fala sobre os desafios das operadoras de saúde pós Covid-19.

Operadoras de saúde covid-19

Pedro Batista, diretor da Prevent Senior, fala sobre os desafios das operadoras de saúde pós Covid-19.

ENTREVISTA com Pedro Batista – Diretor da Prevent Senior.

Confira a emocionante história da Prevent Senior e a visão de Pedro Batista, seu diretor, diante dos desafios enfrentados pelas operadoras de planos de saúde pós pandemia COVID-19:

Blog Saudi: Conte-nos um resumo da história da Prevent Senior.

Pedro Batista: A Prevent Senior nasceu há 24 anos. Ela é fruto de uma ideia dos irmãos Eduardo e Fernando Parrillo. Eduardo, que é médico, percebeu que havia uma lacuna no atendimento de pacientes, principalmente os de mais idade que deixavam de ser atendidos pelos planos de saúde quando ficavam por mais de 15 dias nas UTIs. Ele montou uma clínica especializada em cuidar destes pacientes e o irmão Fernando se juntou ao negócio dirigindo a única ambulância que dava suporte aos pacientes em  atendimento. O negócio foi tomando corpo até o momento que eles compraram o primeiro hospital, o Sancta Maggiore Humaitá, na Bela Vista. Isso foi em 1998. Neste processo, eles perceberam que tanto o sistema público de saúde quanto o privado tinham uma característica preponderante: a ausência de prevenção. Eduardo estudou sistemas de saúde de outros países e, a partir daí, nasceu a Prevent Senior como conhecemos: processos de prevenção para evitar que as pessoas adoeçam ou piorem a saúde, ganhando qualidade de vida e permitindo que a empresa seja economicamente sustentável, cobrando preços justos.

Blog Saudi: Na sua visão, quais os principais desafios das operadoras de saúde neste exato momento, um ano e cinco meses após o surgimento da pandemia?

Pedro Batista: O sistema privado brasileiro de saúde suplementar está lastreado em duas pontas. De um lado, os planos ou seguradoras e de outro, os fornecedores de serviços, que são médicos, clínicas e hospitais, que dependem de pessoas doentes para faturar e receber dos planos de saúde. Na pandemia, esta equação foi desbalanceada, porque houve uma retração natural nos procedimentos eletivos e de rotina. Agora uma onda de busca pela saúde pode levar os sistemas a um overboost como nunca visto, e, sem previsibilidade de ações, as operadoras de saúde podem sofrer muito com as contas que chegarão.

Blog Saudi: Como a sua operadora está lidando com esses desafios?

Pedro Batista: O modelo e formatação de trabalho da Prevent Senior priorizou nos últimos anos um padrão de verticalização de processos com uma visão mais precisa de tudo o que acontece no sistema. Além disso, olhamos o fator comumente chamado pelo mercado de “gastos” como ‘investimentos”.Os médicos que trabalham na empresa têm uma cultura única de dedicação e alta performance. Os hospitais e centros diagnósticos (mesmo os credenciados) atuam dentro de um padrão de integração de sistemas. Logo, conseguimos passar por uma crise que foi muito pesada, sem comprometer a saúde financeira da Prevent e, mais importante, sem descuidar dos nossos mais de 550 mil beneficiários. Logo no começo da pandemia, fomos os primeiros afetados, mas tivemos agilidade para adotar procedimentos de como acolher nossos beneficiários de maneira eficiente. Criamos o primeiro e maior sistema de telemedicina do País, os primeiros drive-thrus para coletar exames de swab e fizemos o primeiro grande programa de testagem em massa do país, com mais de 100 mil beneficiários assintomáticos testados.

Blog Saudi: Existe de fato ou há alguma expectativa de gargalo na utilização do plano neste momento?

Pedro Batista: Houve um gargalo na primeira fase, em 2020, e na segunda onda, em maio, por conta dos programas de isolamento social. Quando o isolamento passa a ser relaxado, você tem um natural estouro da demanda reprimida. 

Blog Saudi: Mesmo durante a pandemia houve algum crescimento na operadora?

Pedro Batista: A Prevent mesmo durante a pandemia manteve seu crescimento médio dos últimos cinco anos, de cerca de 18%. E é um crescimento orgânico, que vem se mantendo com a difusão do modelo de atendimento que criamos.

Blog Saudi: O Sr. pensa em alguma expansão ainda para 2021?

Pedro Batista: Com o sucesso da primeira grande praça de expansão em 2019 no Rio de Janeiro, aprimoramos nossa capacidade de replicação do modelo em 2020 e em 2021 o processo continua. Acabamos de lançar a operação em Brasília e ainda iremos inaugurar este ano Curitiba e Porto Alegre. Também estamos iniciando uma grande ação junto aos médicos e hospitais do Interior de São Paulo, como São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Campinas para abrir operações nessas cidades. 

Também lançamos em 2021 uma iniciativa inovadora, a Prevent Senior Sports, que alia medicina desportiva de ponta à tecnologia para atender atletas de alto desempenho e também nossos beneficiários esportistas amadores. É um projeto inédito, talvez o maior do mundo, que garante atendimento aos atletas do Comitê Olímpico Brasileiro, da Stock Car, da ginástica olímpica e do atletismo. Também se juntaram ao programa os Times do Vôlei Barueri, Vôlei Osasco,  São Paulo, que é o time de vôlei feminino do tricampeão olímpico José Roberto Guimarães,  e vamos fechar uma parceria com a Fórmula 1 e a WSL, que é a liga mundial de surf, sem contar atletas de esportes eletrônicos e também os paraolímpicos.

Blog Saudi: Gostaria de passar alguma mensagem para os gestores de operadoras de saúde?

Pedro Batista: O principal objetivo dos sistemas de saúde atuais é conquistar a previsibilidade dos eventos na vida de seus pacientes. A obtenção de modelos preditivos só é possível com a integração dos sistemas. Assim, a busca por uma maior segurança e transferência de informações sobre cada beneficiário precisa se tornar unanimidade dos novos investimentos nestes próximos anos. 

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