O assunto da vez é o “Open Health”! Após a implementação e o êxito do “Open Banking”, um sistema idealizado pelo Banco Central que regulamenta a transmissão de dados entre os prestadores dos serviços financeiros e permite aos clientes o oferecimento de serviços personalizados.
A proposta do Open Health é semelhante: a criação de um modelo de intercâmbio de dados de saúde dos consumidores e pacientes entre as empresas prestadoras de serviços da área, que permitiria a geração de inúmeros benefícios e impactos para todos os envolvidos.
Dentre os objetivos que fundamentam a criação da proposta, é possível citar uma maior agilidade nas filas de emergência, maior praticidade na realização das consultas e procedimentos, maior concorrência no setor de saúde suplementar e, ainda, maior proteção para os pacientes durante os atendimentos urgentes e emergenciais.
Apesar desses benefícios citados, entre outros existentes, diversos debates entre especialistas no assunto foram levantados e, nós do Blog SAUDI, trouxemos nesse post os principais impactos e benefícios previstos para as operadoras de planos de saúde, prestadores de serviços, SUS e, principalmente, para os pacientes, caso a proposta seja implementada.
Confira até o final!
Impactos do Open Health para a área da saúde
Operadoras de planos de saúde
Com a criação desse registro nacional de dados sobre os pacientes e os indicadores sobre saúde suplementar, uma das consequências previstas é o aumento na concorrência entre as operadoras de planos de saúde.
Isso tende a ocorrer pois a transferência de beneficiários entre as empresas ficará mais ágil com a implementação do “Open Health”.
O compartilhamento dos registros eletrônicos de saúde fará com que a obtenção do histórico de doenças pré-existentes do beneficiário seja feita com maior velocidade e não mais nos 90 dias de prazo atuais.
Isso levará, então, a um prazo de portabilidade entre operadoras menor e a uma forma de transferência entre planos de saúde mais acessível e descomplicada, favorecendo a concorrência entre as empresas.
Por outro lado, em prol das operadoras, o “Open Health” irá fazer com que o acesso às informações do cliente fique mais fácil e permita que as operadoras possam conferir todos os registros eletrônicos de saúde que o paciente permitir com maior segurança e confiabilidade.
Vale ressaltar que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) proíbe as operadoras de utilizarem dados sensíveis relacionados à saúde para selecionarem riscos na contratação e exclusão de beneficiários. Falamos sobre o a LGPD aqui no nosso blog.
Prestadores de serviços
Para os prestadores de serviços, a implementação do “Open Health” irá facilitar os trabalhos porque o histórico dos pacientes poderá ser acessado eletronicamente via token ou alguma tecnologia similar.
Assim, resultados de exames feitos, imagens, prescrições anteriores e registros de procedimentos, por exemplo, poderão ser acessados e auxiliar os médicos no entendimento do contexto do paciente.
As filas de emergência também serão mais ágeis já que algumas triagens não serão mais necessárias com o compartilhamento dos dados.
Com um processo mais otimizado, as prestadoras poderão reduzir custos da sua organização ao aprimorar etapas de avaliação dos pacientes que não forem mais necessárias para obtenção das informações, de acordo com a avaliação da organização.
Por fim, também poderá haver uma maior transferência de pacientes entre os prestadores já que, com a disponibilização segura de dados, os pacientes poderão procurar prestadores que favoreçam um maior atendimento as suas necessidades.
SUS
O “Open Health” tem o objetivo de funcionar tanto nos atendimentos particulares e por planos de saúde, como já falamos, quanto também no SUS, Sistema Único de Saúde.
Em relação à segurança dos dados compartilhados, a iniciativa prevê um fortalecimento do sistema público para que se possa proteger os dados pessoais dos usuários contra vazamentos ou uso indevidos das informações.
Com essa consolidação, a tendência é que o serviço prestado pelo SUS possa ter uma melhoria na sua qualidade junto à população e a experiência ofertada pelos profissionais da saúde também possa ser mais satisfatória.
Os procedimentos também poderão ficar mais ágeis e assertivos com a intercambialidade dos dados, já que o histórico do paciente estará disponível eletronicamente durante a realização deles.
Pacientes
Por fim, em relação aos pacientes, o “Open Health” poderá favorecer diretamente aos usuários que desejarem compartilhar os seus dados nesse sistema.
Não será preciso levar exames, laudos ou registros de procedimentos anteriores quando forem realizar um novo procedimento.
Quando houver algum acidente e for necessário uso de medicamentos, a equipe de atendimento poderá identificar alergias por meio desses prontuários eletrônicos de maneira rápida e fácil.
E, ainda, o tempo na realização dos procedimentos poderá ser menor já que as informações estão disponíveis de maneira mais acessível para os profissionais.
Além disso, com esse compartilhamento de informações, o “Open Health” irá permitir trocas entre prestadores, tanto operadoras de planos de saúde, quanto sistemas de saúde público e privado, com uma maior facilidade do que atualmente.
O paciente poderá ser atendido por qualquer unidade de saúde do país, de acordo com as suas necessidades do momento.
Vale ressaltar que, como proprietário dos dados, o paciente é que definirá se irá querer compartilhar os seus dados entre as organizações e poderá, a todo momento, buscar a garantia de que os seus dados estão sigilosos e seguros, mesmo com a conexão entre os sistemas das organizações.
O consumidor poderá ver uma entrega de valor mais consistente ofertado pelas instituições graças a proposta oferecida pelo “Open Health”.
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O “Open Health” ainda é uma proposta do governo e não possui prazo para ser implementado ainda, visto que é preciso serem discutidos diversos pontos para que seja validado e colocado em prática.
Porém, apesar de se tratar de uma longa jornada de transformação digital, é uma grande oportunidade para o sistema de saúde no Brasil, público e privado, se aprimorar graças a utilização de tecnologia qualificada e integrada.
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