A gestão de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) é um desafio de qualquer operadora de planos de saúde. Por um lado, esse é um recurso altamente eficaz para o tratamento de algumas afecções clínicas; por outro, é um material de alto custo e deve ter sua eficácia medida com sensatez e embasamento científico. Devido a essa delicadeza na administração da área, a gestão de OPME merece um destaque especial.
O conceito de OPME, dentro da área médica, abrange uma série de materiais. A abertura da Copa do Mundo de 2014, inclusive, ilustrou como eles vieram para ficar no mercado. Desde pernas mecânicas até telas para correção de hérnias, esses materiais se inseriram no cotidiano da medicina. Dia após dia novas marcas surgem, oferecendo benefícios que antes seriam inimagináveis.
Neste artigo, daremos algumas dicas práticas de como realizar a gestão de OPME de uma maneira eficiente. Falaremos sobre redução do desperdício, decisão sobre custo-benefício e rastreabilidade dos recursos utilizados. Está preparado para otimizar os processos da gestão da sua operadora? Continue conosco!
Reduza o desperdício
Materiais que se enquadram no conceito de OPME não podem ser reutilizados ou reaproveitados: caso um médico solicite um material para alguma cirurgia, por exemplo, e não o utilize, ele deve ser descartado. Isso pode soar inofensivo quando falamos de luvas, fios cirúrgicos ou soro fisiológico; em se tratando de materiais de alto custo, no entanto, o desperdício representa grande prejuízo financeiro. Por esse motivo, a Auditoria Médica desempenha um papel relevante em sua utilização.
Não é apenas a má indicação na gestão de OPME que leva ao desperdício. Falhas de comunicação — erros em contagem de materiais, por exemplo — também podem gerar esse transtorno. Por esse motivo, reduzir o desperdício envolve uma série de fatores que vão desde o controle do armazenamento até a prescrição.
Nesse sentido, apenas a fiscalização das indicações formais de prescrição não é suficiente. Um bom método de controle é o uso de checklists de confirmação de todas as prescrições entre várias etapas; esse modelo é conhecido como “modelo do queijo suíço”, visto que qualquer erro de comunicação só prevalecerá caso haja “furos” em todas as etapas. Dentre os setores provavelmente envolvidos estão as clínicas solicitantes, os fornecedores e os médicos.
Avalie o custo-benefício
Nem toda tecnologia é superior àquelas que a antecedem. Quando falamos em gestão de OPME, esse conceito se intensifica ainda mais — novas marcas podem utilizar a estratégia de mudar pequenos detalhes em seus produtos e aumentar desproporcionalmente o preço. Como o marketing dessas empresas é muito forte, o paciente pode exigir tecnologias cujo custo-benefício não seja viável.
Para esses cenários, a literatura médica já relacionou parâmetros objetivos de comparação entre diferentes métodos terapêuticos. Elenca-se uma meta para o tratamento (andar normalmente, por exemplo, no caso e próteses ortopédicas) e analisa-se diferentes produtos com esse fim. Dentre alguns índices utilizados na eficácia do tratamento está o Número Necessário para Tratar (NNT), avaliado para diversos medicamentos.
Utilizar índices cientificamente comprovados de eficiência entre as OPME é uma das maneiras de dosar o seu custo-benefício. Esse método confere mais transparência à decisão de liberação de materiais pelo plano de saúde, evitando a insatisfação dos pacientes. Por se tratar de materiais de alto custo, as OPME são geralmente liberados apenas sob demanda, após análise criteriosa e liberação do plano de saúde.
Outro mecanismo de dosagem de custo-benefício é a análise de mais de um profissional no processo. Esse método divide opiniões, porque alguns médicos são adeptos de uma maior liberdade na definição individual do tratamento, ação que encontra respaldo nas legislações vigentes. Não há dúvidas, no entanto, de que ele reduz excessos e evita situações de indicações desnecessárias. Um dos pontos negativos é que, geralmente, é custoso manter profissionais com essa tarefa extra.
Mantenha a rastreabilidade de dispositivos utilizados
O levantamento de dados é uma das partes fundamentais na gestão de uma operadora de planos de saúde. Com ele, é possível que o administrador diagnostique possíveis focos de ineficácia e os corrija precocemente. Sendo a gestão de OPME um controle de recursos de alto custo, é necessário que o gestor saiba muito bem onde estão os materiais. Pelas normas vigentes da ANVISA, a rastreabilidade de OMPE é obrigatória aos prestadores de serviço.
Esse conceito se aplica não apenas aos dispositivos a serem liberados, que devem ser acompanhados de perto. OPME que já tiverem sido utilizados também podem ser rastreados e avaliados em relação à eficácia. Levantar esses dados revela informações que a literatura médica não tem: leva em consideração a competência de profissionais envolvidos, fatores de risco dos pacientes e a área geográfica.
A tecnologia é uma aliada nesse processo de rastreabilidade. Devido ao possível alto fluxo de materiais, é necessária uma inovação mais robusta para uma análise rápida e eficaz. Hoje em dia, setores de estatística que lidam com esses trabalhos utilizam o conceito de “Big Data” — é uma maneira de analisar e armazenar uma grande quantidade de dados, de modo a focar nos resultados a serem obtidos.
Em se tratando de OPME dentro da rede de serviços, a rastreabilidade é um mecanismo para evitar o desperdício. Sabendo exatamente onde os dispositivos estão, diminui-se a chance de ocorrer extravios ou prescrições exageradas. Para esse fim, algumas estratégias devem ser utilizadas: números de série para equipamentos e o modelo do Queijo Suíço são alguns exemplos.
A gestão de OPME é um desafio para operadoras de planos de saúde. Além de serem materiais que demandam alto custo financeiro, sua logística envolve várias áreas e está propensa a erros humanos. Nesse sentido, informatizar os processos dentro da administração e ter um protocolo fixo de permissões podem ser boas estratégias.
O SAUDI é um sistema especializado em manter a saúde financeira de operadoras de planos de saúde. Ele conta com um software que automatiza o processo de auditoria das contas, fornecendo relatórios claros e detalhados. Essa é uma maneira de utilizar tecnologia de última geração ao seu favor na gestão de um plano de saúde.
Com métodos avançados de auditoria e gestão, vários parâmetros são otimizados: desde a diminuição do retrabalho nos prestadores de serviço até a redução de erros humanos, todos os processos conseguem ter sua eficácia aumentada. Na gestão de OPME, a confiabilidade de um programa seguro faz toda a diferença para evitar desperdícios.
Gostaria de saber mais sobre como podemos ajudá-lo na gestão de OPME e outros trabalhos da administração de operadoras de planos de saúde? Entre em contato conosco. Estamos ansiosos para conhecê-lo!