Benefícios e riscos da farmácia própria

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Benefícios e riscos da farmácia própria

Inicialmente cabe mencionar que a modalidade de Farmácia Própria vem ganhando destaque entre as operadoras de saúde mais influentes no mercado. O programa visa aproximar os beneficiários e as empresas, de modo que o atendimento ocorra de maneira interligada.

Como qualquer tipo de abordagem comercial, a Farmácia Própria possui certos desafios, sendo que cabe a operadora desenvolver o seu projeto da maneira mais cuidadosa e detalhada possível.

Neste artigo, veremos as vantagens e os desafios da implantação do projeto. Confira também nosso post sobre O papel das operadoras de saúde no processo de promoção à saúde!

Benefícios da Farmácia Própria

Melhor mapeamento de carteira e de seus cuidados: com a aplicação do projeto é possível ter um controle maior em relação às prescrições de medicamentos, consultas médicas, diagnósticos, entre outros dados que ficam armazenados junto à farmácia.

Esse tipo de informação pode ser alimentada em sistemas específicos para essa finalidade, e auxiliam a operadora de saúde a realizar campanhas de prevenção contra doenças e suas complicações.

A médio e longo prazo isso permite uma redução gigantesca em custos de equipamentos, mão de obra, entre outros fatores. Isso ocorre, tendo em vista que os beneficiários correm menos riscos de contrair patologias.

Diferencial Competitivo: A operadora de saúde que opta por ter uma farmácia própria também oferece a seus clientes um grande diferencial: o desconto nos medicamentos. Como é sabido, existe uma série de processos pelos quais os medicamentos passam antes de chegar ao consumidor final, são eles a fabricação, transporte, distribuição e venda na farmácia.

Deste modo, para que o empreendimento sobreviva, o valor atribuído a cada produto acaba por ser elevado. No caso da farmácia própria, é possível oferecer aos clientes medicamentos mais baratos, tendo em vista que esta não é a atividade final da operadora. Isso favorece o negócio e ao mesmo tempo incentiva os beneficiários e fazerem a aquisição dos remédios no local.

Maior controle por meio de indicadores: O armazenamento das informações obtidas ao comercializar medicamentos em uma farmácia oriunda da operadora de saúde faz com que ela tenha mais informações a respeito de cada paciente e possa identificar os produtos que mais precisa ter em estoque.

Isso faz com que o tratamento do paciente muitas vezes seja acompanhado de perto, tendo em vista que é possível até mesmo avisar os beneficiários no momento de adquirir novamente o remédio. Igualmente, é possível indicar aos clientes os benefícios de fazer consultas médicas ao invés de comprar medicamentos sem prescrição.

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Riscos da farmácia própria

Custo operacional: muito embora as farmácias sejam classificadas como estabelecimentos que prestam um serviço de saúde, elas não deixam de ser um empreendimento. No caso da farmácia própria, a operadora de saúde deve levar em conta a natureza comercial do negócio para que ele não resulte em prejuízos.

Como os medicamentos possuem grandes descontos quando vendidos nesses locais, o mais recomendado é que se faça uma análise dos medicamentos mais utilizados e do perfil socioeconômico dos beneficiários que os utilizam.

Assim é possível identificar quais os produtos que podem receber mais desconto, facilitando assim o controle financeiro por parte da operadora, e ao mesmo tempo oferecendo economia aos clientes.

Utilização de medicamentos sem prescrição médica: Por mais que existam diversas campanhas e pesquisas explorando os riscos de se automedicar, essa ainda é uma prática muito comum no Brasil. Desde muito tempo, as pessoas não se preocupam tanto em fazer consultas médicas e receber um diagnóstico e uma prescrição adequada, achando que podem se medicar baseando-se em experiências próprias, de sua família, amigos ou colegas de trabalho.

Esse aspecto é extremamente nocivo para operadoras de saúde que trabalham com a farmácia própria, pois acaba por dificultar a identificação das informações da região, além de poder causar riscos à saúde dos beneficiários. O mais interessante nesse caso é trabalhar com uma política voltada ao não incentivo das vendas sem prescrição médica.

Exigências legais: Os aspectos jurídicos que a operadora que possui uma farmácia própria deve se atentar, estão previstos na lei nº 13.021 de 2014. A lei sancionada pela então presidente Dilma Rousseff dispõe sobre o exercício das atividades farmacêuticas, bem como pela sua respectiva fiscalização.

Uma das principais exigências presentes na lei está contida em seu art.5, que dispõe: “No âmbito da assistência farmacêutica, as farmácias de qualquer natureza requerem, obrigatoriamente, para seu funcionamento, a responsabilidade e a assistência técnica de farmacêutico habilitado na forma da lei”.

Essa obrigatoriedade já é de praxe em todas as farmácias, entretanto acarreta em um custo de pessoal mais elevado, tendo em vista que o profissional conta com um salário de valor intermediário. Além disso, pode ser que seja necessária a contratação de mais de um farmacêutico, a depender dos horários e dias de funcionamento da farmácia.

Outras exigências estão dispostas no artigo 6º e 13º da lei, são elas:

* A organização e a manutenção do cadastro dos medicamentos presentes no local;

* Garantia da segurança da dispensação dos medicamentos;

* Observação dos aspectos técnicos e legais do receituário;

* Adequação do local às exigências sanitárias exigidas;

* Utilização de equipamentos aptos à conservação de imunobiológicos; entre outras.

Todas as obrigações legais referentes ao funcionamento da farmácia geram custos operacionais, e precisam ser seguidas à risca para garantir a integridade pessoal dos clientes e a manutenção do negócio.

Considerações a respeito da farmácia própria

Tudo que foi abordado serve como parâmetro para que a operadora de saúde possa decidir se deseja implantar o projeto, ou até mesmo para que faça os ajustes necessários em aspectos importantes do negócio. Dessa forma, é possível ter mais clareza quanto aos benefícios e riscos dessa abordagem de negócio, se atentando sempre para a valorização dos beneficiários, bem como para o sucesso do empreendimento. Já houveram essas experiências no setor que valem ser estudadas mais a fundo antes de tomar a decisão de abrir a farmácia própria da sua operadora de saúde!

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