GIVANILDO COSTA – Gerente de T.I. na Paraná Clinicas Saúde
Com significativa trajetória de mais de 20 anos na área de Tecnologia da Informação, Givanildo possui MBA Executivo em Saúde pela FGV, MBA em Concentração em Sistemas de Informação pela PUC, pós-graduação em Desenvolvimento Gerencial pela FAE, graduação e técnico em Processamento de Dados. Com experiência na gestão de projetos, desenvolvimento de novos sistemas, governança de TI, planejamento estratégico, controle orçamentário, administração de banco de dados, servidores e telefonia, agindo com foco na otimização dos processos e excelência dos serviços.
Implementação de estratégia empresarial com a utilização BI – Business Intelligence, com foco no desdobramento de objetivos estratégicos em indicadores de desempenho e planos de ações, vinculados ou não ao BSC, avaliação de custos, potencial de atendimento, rede própria e credenciada, carteira de clientes, CRM, indicadores de saúde e prontuário eletrônico.
Gestão Área de TI, atuando na aquisição de novos ativos, concepção de sistemas/ serviços, governança, definição de projetos de sistemas e infraestrutura de TI, contratos de serviços terceirizados de sistema e telefonia, experiência na coordenação, avaliação, desenvolvimento, migração e integração de sistemas, gerenciamento de serviços ITIL v3, criação de política de segurança e na verificação e reestruturação de processos de negócios.
Implantação de projetos, como: ERP – Gestão de Operadora e Hospitalar, Prontuário Eletrônico, Sistema de Liberação Online, Indicadores, Análise, Automação de Laboratório, BI sistema de gerenciamento de casos focado no atendimento de pacientes com doenças crônicas e prevenção de sinistros, CRM, sistema de imagens PACS, protocolos médicos, SGQ e ANS.
Em entrevista exclusiva para o Blog do SAUDI, Givanildo Costa fala sobre sua trajetória profissional, como conheceu o sistema SAUDI, porque decidiu usá-lo na auditoria de contas médicas da Paraná Clínicas e quais os resultados obtidos já nos primeiros meses de uso.
1 – Conte-nos um resumo da sua história profissional
Estou na área de TI, em saúde especificamente, desde 1997. Minha trajetória nesse mercado da área de saúde começou trabalhando em hospitais, com implantação de sistemas ERP hospitalares. Fiquei nesse trabalho na área específica de saúde em hospitais até final de 1999, inclusive minha trajetória começou no hospital Santa Cruz, que é um hospital geral do grupo da Paraná Clínicas.
Em 1999 assumi a gestão da área de TI da operadora. Foi quando nós começamos o movimento de termos nosso sistema ERP próprio, bem na época em que foi promulgada a Lei 956/98 da regulamentação da Agência Nacional de Saúde.
Minha trajetória conta desde essa época, antes um pouco da Lei até esse exato momento. Estou aqui na Paraná Clínica há 22 anos, no grupo todo, 25 anos. Tenho 25/26 anos de experiência em tecnologia na área de saúde e nesses 20 anos de trabalho a gente esteve à frente de todos os projetos de inovações tecnológicas, de melhorias de processo, de ganho de escala de crescimento, ou seja, nós estamos esse período todo aqui dando suporte ao crescimento da operadora.
A gente vem lá dos anos 2000, hoje nós temos o dobro da capacidade de vidas que tínhamos naquele período. Nós aqui enquanto tecnologia sempre privamos e buscamos por tecnologias que trouxessem vantagem competitiva para a Paraná Clínicas, mas também que agregassem valor ao nosso serviço. Durante esses 20 anos foram inúmeros projetos que podemos citar aqui. Um deles a gente trata como sucesso que é o projeto do nosso próprio ERP e desde então a gente vem melhorando e investindo nele e foi uma decisão muito acertada porque a gente consegue com ele hoje integrar nossos sistemas com diversos outros e foi um ponto fundamental para que a gente implementasse o sistema da ACOL, o SAUDI.
2 – Qual era o seu problema antes de você conhecer o SAUDI?
Nosso sistema de auditoria era muito segmentado, então nós tínhamos uma equipe de auditores que iam até os hospitais, faziam auditoria em papel. Toda essa auditoria não era colocada em sistema. A gente não sabia se o que eles estavam auditando nos hospitais, se os hospitais estavam ou não estavam nos cobrando isso, então tínhamos um problema de confiança, em saber se as informações obtidas estavam realmente corretas. Esse era um ponto, principalmente na parte de auditoria hospitalar. Aqui na nossa equipe interna, a gente não conseguia no nosso fluxo de análises de contas médicas não tínhamos isso segmentado de tal forma que eu conseguisse identificar qual era a produtividade dos meus técnicos, minhas enfermeiras tanto em glosas quanto em produtividade de administrativos e esses problemas geravam uma desconfiança muito grande em relação a nossa área de contas médicas, porque não conseguíamos chegar nesses números, não conseguíamos valorar esses trabalhos que eram feitos lá na ponta pelos médicos, pelos enfermeiros, pelo administrativo. A gente sabia, claro, que haviam glosas, mas como essas glosas não eram colocadas em sistema, não tinha indicador para que a gente controlasse isso. Não tínhamos uma exatidão do que estava acontecendo na rua. Esse era um dos principais problemas.
Outro problema era quando as auditorias, principalmente de beira de leitos, não tinham nada registrado em sistema. A nossa intenção nesse momento é que pudéssemos desenvolver uma plataforma que nos permitisse fazer a integração desde a autorização, controlar essa autorização, passando pela auditoria de enfermagem, auditoria médica, auditoria administrativa, entrada da conta. Nós temos uma dificuldade muito grande de previsibilidade de pagamento. Nós sabíamos que as contas estavam chegando, mas o fechamento das contas médicas era complexo porque não sabíamos o quanto realmente estávamos devendo na rua, quanto o custo ia dar naquela competência. Os prazos eram muito alongados, então demorava muito tempo para gerar informações para meu financeiro, para que ele tomasse decisões rápidas do que fazer, se meu contas médicas viesse a ter um volume de pagamento maior do que estava no orçamento. Nós tínhamos algum controle, mas não estava em sistema e tínhamos muita dificuldade em prever, documentar isso e de registrar todo esse processo. Esse era um dos inúmeros problemas que nós tínhamos antes do sistema SAUDI.
3 – Como você conheceu o SAUDI e por que decidiu dar um voto de confiança?
Eu conheci o sistema SAUDI sem ter nenhum conhecimento de empresas que o utilizavam. A minha pesquisa foi basicamente na internet. Eu fui atrás de alguma ferramenta. Antes de começar o desenvolvimento em pesquisa, aprofundei minhas pesquisas para ver se encontrava alguém que já tivesse feito algo semelhante ou que fizesse alguma coisa parecida. Nessa época fiz orçamento com algumas empresas de mercado para fazer o desenvolvimento, já tinham algumas empresas que vendem para outras operadoras que tiveram algumas iniciativas nesse sentido, mas que não fechavam toda cadeia nossa de processo como a gente havia imaginado, desde a liberação, controle, auditoria, pré-evento, enfermagem, gravidez, controle de glosas, todo o processo num único sistema. O que a gente encontrou no mercado era pouco segmentado, fazia uma parte, fazia outra.
Nas minhas pesquisas acabei encontrando o sistema SAUDI. Encontrei no site, achei muito interessante a abordagem, pedi uma apresentação remota que foi feita para mim do sistema. Depois disso, tivemos várias apresentações, vieram até Curitiba fazer apresentações para a gente. Nós fomos cada vez mais sentindo que a ferramenta estava dentro daquilo que a gente imaginava e estava num nível de evolução condizente com aquilo que a gente imaginava. Comparando o que o mercado oferecia e o que o SAUDI nos dava, tanto no primeiro momento, no momento zero: da implantação, já seriam bons ganhos que a gente poderia ter! Já colher frutos no período da implantação!
Decidimos pelo Saudi pela competência desse sistema. Era perceptível que era um sistema de usabilidade simples, fácil de implantar, que facilitasse a vida do prestador, que o prestador não tivesse tanta dificuldade, a gente sentiu nas apresentações, e olhando o sistema propriamente dito, que ele iria nos ajudar muito! A gente decidiu muito pela competência do próprio sistema, mas também pela equipe do SAUDI. Seus técnicos que estiveram aqui nos deram muita confiança e aí tomamos a decisão de fazer essa parceria com a ACOL para implentar o SAUDI.
4 – Conte-nos um pouco sobre as dificuldades que você teve ao começar a usar o SAUDI.
As dificuldades iniciais na utilização do SAUDI são aquelas inerentes na implantação de um novo sistema. Como nós tínhamos muitos prestadores para implantar o novo processo, nós já tínhamos um sistema de pagamento pronto, então a gente passou muito pela vontade dos nossos colaboradores de transformar o sistema SAUDI num sistema parceiro com que tínhamos aqui internamente. Foi uma gestão de mudança muito difícil no começo, tanto nas equipes internas como externas porque as pessoas tinham dificuldade de entender que precisavam mudar um pouco o processo deles para que eles pudessem usar melhor o sistema e usando os processos de sistema sabíamos que teríamos mais retorno a longo prazo. Mas conseguimos convencê-los que isso era bom e eles foram vendo ao longo do tempo que realmente os ganhos que nós teríamos com a ferramenta seriam muito bons e além disso eles teriam condições de ter um sistema único, de trazer indicadores, controlar melhor a área deles. Isso ao longo da implantação eles foram percebendo. Tivemos que fazer uma implantação e uma reimplantação. E aí sim nós tivemos sucesso na utilização da ferramenta.
As dificuldades foram principalmente essas de adaptação das pessoas, de mudança de processo, de entender que o sistema é diferente e que a longo prazo traria bons resultados para gente. Mas a gente conseguiu de alguma forma convencê-los com números e principalmente com suporte da ACOL nos ajudando nessa parceria, nas implantações não mediram esforços para nos ajudar.
5 – Quais são os resultados e a transformação que o produto trouxe para a sua rotina na operadora?
O resultado principal foi melhorar muito nossos valores de glosa, de contas, ou seja, poder conferir principalmente a parte de materiais e medicamentos.
O que ele trouxe de ganhos foi a automatização dessas rotinas, a melhoria desses processos, a análise da produtividade e a previsibilidade do pagamento. Hoje quando entra os arquivos dos prestadores já tem uma previsão de pagamentos. Eu sei exatamente quanto eu tenho para ir preparando meu caixa para saldar esses valores. A minha previsibilidade e o conhecimento do que está acontecendo no mercado ele ficou muito mais rápido para mim. Do conhecimento desse evento que está sendo executado. Isso melhorou muito. A gestão dessas tabelas com os prestadores, tabela de valores, essa negociação, então hoje eu consigo controlar muito bem isso porque consigo saber exatamente quanto que aquele prestador está me cobrando por um medicamento, quanto que ele está tentando me cobrar nos arquivos que ele está enviando. Isso trouxe um ganho significativo de melhoria de processo e confiabilidade nas informações que são geradas a partir do SAUDI.
Mas um ponto fundamental, eu diria com grande ganho, com certeza, é a melhoria do processo. Mas não teria dúvida ao dizer que a previsibilidade do que está acontecendo na rua, dos sinistros para nós é um dos grandes ganhos. Isso é fundamental. E também a utilização dos prestadores que ficou simples e fácil. Eles conseguiram se adaptar muito bem, não tivemos dificuldade. Agora estamos no momento de implantação da guia de honorário médico. Para nós aqui é um grande tabu porque sempre fizemos de uma forma mais interna. Estamos conseguindo bons êxitos na implantação da guia de honorários médicos. A gente vem colhendo todo mês algum bom resultado com o sistema SAUDI, ele tem nos ajudado muito na gestão das nossas contas médicas.
6 – O que aconteceu na sua operadora após obter os resultados através do SAUDI, que você nunca imaginou que seria possível?
A nossa área médica, principalmente diretoria médica, ficou surpresa em relação ao que os prestadores tentavam cobrar da gente. Com esses novos processos deram muita segurança tanto para negociação da área de credenciamento como para o pagamento das contas, ou seja, a gente começou agora a olhar para aquelas contas, a desvendar um grande problema que nós tínhamos na operadora que era esse controle de materiais de medicamentos. Agora a gente consegue olhar para essas contas e ver que estamos pagando o que é devido e aquilo o que realmente é contratualizado.
A gente sabia que o sistema nos entregaria essas informações, mas foi uma grata surpresa quando a gente começou a olhar os números e os próprios gerentes das áreas conseguem perceber hoje quanto resultado ele traz com essa gestão desse controle centralizado no sistema SAUDI.
7 – Após implementar o SAUDI quais os processos que se tornaram mais fáceis dentro da sua operadora?
Os processos que se tornaram melhores depois do sistema SAUDI foi o recebimento dos arquivos XML. Então nós conseguimos fechar o contas médicas, conseguimos antecipar o fechamento em mais de 30 dias. Isso foi um processo que nos ajudou muito e o SAUDI é peça fundamental nisso. O processo de pagamento do contas médicas também melhorou muito, porque dá mais confiabilidade para o usuário, para a analista fazer os pagamentos. Ela não tem dúvida em relação ao que está pagando. O sistema dá toda uma visão centralizada para ela do que foi contratualizado, do que está sendo cobrado. Isso agilizou muito nosso processo de contas médicas. Os nossos analistas hoje conseguem se debruçar sobre a análise realmente das nossas contas mais críticas, dos processos mais rotineiros o SAUDI dá conta tranquilamente nos seus processos do dia a dia.
8 – Em quanto tempo foi possível notar o controle e redução de custos após implementar o SAUDI?
Já nos primeiros três, quatro meses de utilização do sistema conseguimos olhar para as contas e identificar já as reduções e onde estavam os gargalos. Conseguimos, com a ferramenta, corrigir um punhado de processo com nossos prestadores, corrigir e acertar contratos, pagar corretamente aquilo que nós tínhamos contratualizado. Isso foi muito rápido! Nos três primeiros meses de contratação já começamos a perceber quanto ele poderia nos ser produtivo e eficiente na questão dos controles da operação.
9 – Em média quantos por cento o SAUDI ajudou a reduzir nos custos da sua operadora? e nos processos de glosas médicas?
Hoje a média de glosa do sistema SAUDI está em torno de 7%. É um bom número considerado com a quantidade de faturamento que nós temos. No início da implantação chegamos a ter 30% de redução por glosa mas mesmo assim mantém sempre um percentual em torno de 7%, o que para nós é um número bem significativo. Se formos falar em dinheiro é um dinheiro significativo que a gente economiza mensalmente.
10 – Você gostaria de sugerir alguma melhoria no SAUDI? Se sim, quais?
Sim. Já temos algumas melhorias negociadas com pessoal do SAUDI e já tenho proposta que é a implementação de biometria facial para nossa rede de prestadores utilizando nossa plataforma. Uma segunda melhoria que é uma gestão dos controles de auditoria das autorizações. Um processo que a gente já desenhou junto com o pessoal e tem uma proposta para aprovar. Nós temos esses novos projetos que queremos implementar ao longo desse ano assim que passar todo esse problema de pandemia. Somos muito bem atendidos pelo SAUDI. O pessoal é sempre muito atencioso, atende nossas necessidades aqui, nos ajuda a melhorar os nossos processos e ajuda também a desenhar as melhorias dessas solicitações que fazemos para eles.
11- Você recomendaria o SAUDI? Se sim, o quanto de 0 a 10?
Recomendaria com certeza! Minha nota seria 9. Também gostaria de parabenizar a equipe ACOL / SAUDI pelos bons profissionais que eles têm no time. Equipe altamente comprometida, sempre nos ajudando no dia a dia e quando precisamos entrar em contato, sempre estão dispostos a ajudar!
Entendem o nosso lado e com certeza hoje temos uma parceria sólida e que gostaríamos que ela continuasse por muitos e muitos anos e talvez até em outras áreas, ajudando a melhorar outros processos que hoje ainda não são contemplados no SAUDI.